O papel da escola na promoção da saúde e bem – estar.

“Um indivíduo fisicamente activo não tem garantias de que irá viver mais tempo, mas tem a garantia de que os anos que viver, serão de melhor qualidade”.





A preocupação com a saúde tem vindo a aumentar, pelo que, a prática regular das actividades físicas e desportivas assume, actualmente, maior relevo e impacto no estilo de vida da sociedade.
Existe um esforço universal para combater a inactividade física/sedentarismo. Além de outros factores “detonadores” dos problemas de saúde contemporâneos (doenças coronárias, obesidade, stress, hipertensão, diabetes, osteoporose, perturbações do comportamento, etc.), o avanço das novas tecnologias tem contribuído, paradoxalmente, para a alteração do estilo de vida da sociedade.
A relação entre Educação Física e Saúde possui proveito mútuo, estando associada à aquisição de um estilo de vida activo por parte dos jovens, adolescentes, crianças e que se pretende que dure para o resto da vida.
A promoção da saúde na escola é um dado inquestionável. Devendo nós, profissionais de educação, continuar a enfatizar que a actividade física como um excelente meio de promoção de saúde. Neste sentido, a escola assume uma importância crucial pelas seguintes razões:
- Todas as crianças passam obrigatoriamente pela escola;
- A disciplina de Educação Física está presente em todos os anos de escolaridade e, por último, é lá que se encontram as pessoas habilitadas (do ponto de vista pedagógico e científico) para prescreverem e acompanharem as actividades físicas e desportivas;
- As aulas de Educação Física e todas as actividades físicas e desportivas desenvolvidas no seio da comunidade escolar, deverão assegurar o esforço fisiológico suficiente nos alunos, favorecendo uma empatia com a vontade de ser uma pessoa activa;
- A maioria da população escolar, ainda não tem completamente terminado o estilo de vida e os hábitos relacionados com o exercício, por isso, é a altura própria para se investir numa alteração de comportamentos no sentido desejado, para que o processo seja contínuo e seja levado a cabo com insistência e persistência, pois as alterações do comportamento requerem mais tempo do que as alterações cognitivas.
Actualmente, já está bem documentado que o exercício físico permite melhorar a qualidade de vida dos indivíduos e, para se fazer sentir os benefícios da actividade física na saúde, esta tem de ser regular para que o organismo responda às novas adaptações, pelo que, a regularidade do exercício é uma condição sine qua non para a obtenção de benefícios.
No âmbito da psicologia, vários estudos permitem concluir que o exercício físico reduz os estados ansiedade, desvia a atenção dos pensamentos que a provocam, tem efeitos benéficos sobres as perturbações de humor, reduz os níveis de stress e provoca melhorias emocionais, assim como, a redução da hostilidade. Daí, podermos afirmar que a actividade física tem benefícios a nível psicológico e social, pois o exercício aumenta a auto – estima, a auto – confiança e a sensação de bem – estar.
Conclui-se então que, a saúde é o bem mais precioso que o ser humano possui. Nos países mais desenvolvidos, já se percebeu que a actividade física funciona como um “medicamento” gratuito e acessível a toda a população, visto que, possui grande capacidade preventiva das chamadas doenças modernas. Assim, a escola continua a ser o local de eleição para serem promovidos programas relacionados com a saúde e estilos de vida, perspectivando a formação de crianças em adultos fisicamente activos e com gosto pelas actividades físicas e desportivas.
Com efeito, a educação física, o desporto escolar e outras actividades físicas e desportivas proporcionadas pela escola e devidamente orientadas, são instrumentos privilegiados, pelo que, a Educação física assume-se como peça fundamental na promoção da saúde.

Prof. João Fernandes

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