Alunos da disciplina de Teatro foram ver “Abre-te Cena”

“Nem sabem onde fui hoje…?! Vá não fiquem assim, eu já conto tudo! Bem hoje fomos ao… Teatro Sá de Miranda, em Viana do Castelo. Tivemos o privilégio de ficar a conhecer melhor aquele “mundo”, visitamos todos os “cantinhos”.” (Márcia Martins, 9ºano).
Pois é, 79 alunos em três dias diferentes, ( 25 do 8º ano e 54 dos 9º anos) que frequentam a disciplina de Teatro, foram ver “Abre-te Cena”, pelo Centro Dramático de Viana. Esta actividade estava inserida na programação da disciplina de acordo com seus objectivos. Este projecto só foi possível concretizar, devido ao apoio da Câmara Municipal de Caminha, que disponibilizou o seu autocarro.
Mas o melhor, é ler aquilo que os alunos escreveram sobre esta ida ao teatro.
“'Como é que vai ser? Será que vai ser fixe?' Perguntava eu à Magda e ela a mim. No meio daquela conversa, uma voz masculina, grossa e poderosa quase que berrou, apareceu! Apanhámos um susto valente, pelo menos os distraídos. O espectáculo tinha começado e da melhor maneira. Agora, o coração já batia forte. Fez-se silêncio, as risadas pararam e o homem continuou o seu discurso. Era Sá de Miranda, quer dizer, era a fazer de conta que era Sá de Miranda.” (Adriana Barrocas, 9º ano). “ Mas nesse momento, à nossa frente, surge uma empregada de limpeza bastante metediça e coscuvilheira, que interrompeu várias vezes o senhor Sá de Miranda. Para nos afastar daquela senhora faladora, levou-nos para a sala de espectáculo, a plateia, onde nos falou da caixa de palco e da sua enorme e pesada cortina de metal. Mas mais uma vez foi interrompido, mas agora, pelo fantasma do Sá de Miranda, que desde logo tomou o papel da personagem principal, e foi a vez desta, nos conduzir pelo teatro.” (João Ricardo Gonçalves, 9º Ano). “De repente houve-se uma gargalhadas… era o fantasma do teatro! “Sim porque todos dizem que cada teatro tem um fantasma!” – palavras ditas por ela própria. Quem nos guiou o resto da viagem foi ela. Levou-nos ao salão nobre, onde assistimos a uma pequena cena. Depois sim… fomos aos camarotes! Uau… ! Aqui sim, vimos toda a vista de cima para a plateia e para o palco.” (Márcia Martins, 9º ano). “Mas quando me concentrei verdadeiramente na peça de teatro fui arrastada para aquele mundo perfeito e mágico, onde não recusaria viver por nada do Universo. Para mim, o auge da peça foi quando vi a bailarina a usar o seu vestido cor-de-rosa que parecia estar recheado de estrelas pois brilhava como se toda a luz se estivesse concentrado naquele ponto. E a sua voz tão feminina, que soltava as palavras com uma tristeza inegável, parecia inundar a minha mente, enquanto no meu subconsciente me imaginava na sua pele. Foi impossível não reparar que a actriz que encarnava a personagem de bailarina era a mesma que há poucos minutos se apresentava como uma empregada de limpeza disparatada e muito despachada. Mas neste papel de bailarina, a energia da actriz transformou-se em encanto e paixão: por momentos esqueci-me que estava a olhar para a mesma pessoa que fez de empregada de limpeza!” ( Ana Vasconcelos, 9º ano). (…) depois da empregada bater as pancadinhas de Moliére, a cortina do teatro subiu e assistimos ao “Amor de D. Perlimpimpim com Belisa no seu jardim”. (Rafaela Guerreiro, 9º ano). “ No final, parecia que os papéis estavam invertidos. Nós, os espectadores, estávamos no palco a ver outro mini teatro romântico. Gostei especialmente da luz em forma de coração apontada ao casal que estava a representar.” ( Adriana Barrocas, 9º ano).“Agora sim, posso dizer que o mundo teatral é algo “simples” mas ao mesmo tempo “trabalhoso” e que merece a pena fazer uma destas visitas!” (Márcia Martins, 9º ano). “Os alunos tiveram bom comportamento e acho que estas actividades são benéficas para toda a gente, logo acho que deveriam ser repetidas.” (Miguel Ferraz, 9º ano). “Valeu a pena ter ido ao Teatro naquele dia e para mim algumas partes do espectáculo ficarão para sempre imortalizadas, no interior da minha vasta memória.” (Ana Vasconcelos, 9º ano).

O Professor da Disciplina de Teatro